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Na noite de 3 de julho, pouco depois da meia-noite, a família Silva enfrentou o momento mais doloroso das suas vidas. Diogo Jota, internacional português e estrela do Liverpool, e André Silva, do Penafiel, perderam a vida num acidente de viação que abalou Portugal e o mundo do futebol.
Para os avós paternos, Fernando e Deolinda, a tragédia foi ainda mais difícil de suportar devido à presença constante da comunicação social. Fernando recorda:
“Era um corre-corre de carros da polícia e jornalistas. Tive de fugir de casa.”
A fuga durou algumas horas, até que regressaram com a ajuda de um vizinho que garantiu segurança. Fernando confessa não saber os detalhes do acidente, guardados pelo filho Joaquim:
“Não sei exatamente como aconteceu. Só ouvi dizer que houve fogo, mas não me contaram mais nada. Só vi na televisão.”
Deolinda descreve a dor:
“Se tivesse sido apenas um, já seria trágico… mas os dois é uma dor imensa.”
Fernando prefere focar-se nas memórias felizes dos netos. Recorda a visita de André Silva na véspera do acidente e a última conversa com Diogo Jota, que lhe disse:
“Avô, eu sou parecido consigo”, lembrando a paixão pelo futebol que os unia.
O avô também fala do início da relação de Diogo com Rute Cardoso:
“Ela era uma rapariga como outra qualquer. Os pais preocupavam-se apenas com a idade da filha, não com ele. Mas o amor falou mais alto.”
O casal casou-se a 22 de junho na Igreja da Lapa, no Porto, e tiveram três filhos: Dinis, Duarte e a pequena Mafalda, nascida em dezembro.
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