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Ministério Público investiga político do Chega por disseminação de notícias falsas

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou esta segunda-feira estar a investigar a divulgação de notícias falsas pelo líder do Chega, André Ventura, nas redes sociais, com recurso a grafismos semelhantes a órgãos de comunicação social.

Segundo fonte oficial da PGR, foi recebida uma denúncia relacionada com esta matéria, o que deu origem a um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. O objetivo é recolher elementos e apurar as circunstâncias, tanto de facto como de direito, sobre o assunto.

O caso em questão envolve a disseminação de supostas notícias por parte de André Ventura na sua página da antiga rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), através de imagens que possuem grafismos semelhantes aos dos sites da Rádio Renascença e do jornal Público.

Na semana passada, fontes do grupo Renascença e o jornal Público afirmaram à Lusa que foram alvo de notícias falsas difundidas por André Ventura nas redes sociais. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) também recebeu uma participação sobre este tema.

Questionado sobre o assunto em conferência de imprensa, o presidente do Chega defendeu que o partido agiu dentro da lei em relação à acusação de divulgação de desinformação nas suas redes sociais, negando qualquer “ato ilícito”.

André Ventura rejeitou as notícias serem falsas, indicando que elas provêm do jornal Folha Nacional, criado pelo seu partido e feito por funcionários e dirigentes do Chega. No entanto, imagens divulgadas por Ventura estão assinadas pela “redação”, enquanto no site do jornal do partido a assinatura costuma ser “Folha Nacional”. Além disso, nenhuma dessas publicações possui uma ligação para o artigo original.

Uma das publicações em destaque tem o título “Milhares de inscritos na JMJ desaparecidos. Imigração ilegal, diz especialista” e apareceu na página de André Ventura com grafismos semelhantes aos da Renascença. No entanto, essa notícia não consta no site da rádio nem é encontrada numa pesquisa genérica na internet.

Como resultado, a PGR está a investigar este caso para recolher provas e esclarecer os factos em causa. Resta agora aguardar pela decisão da ERC e ver qual será o desfecho deste processo. Enquanto isso, o líder do Chega afirma estar tranquilo, confiando que o partido agiu dentro da lei.

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