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André Gago é despedido por ter ido a um funeral

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O ator foi surpreendido nesta segunda feira, dia 7 de Janeiro com uma decisão polémica. Gago foi despedido por ter chegado atrasado a um ensaio, porque foi a um funeral de um amigo, que segundo ele tinha avisado antecipadamente a produção da peça.

Apesar de ter sido despedido, André garante que não está arrependido “Agora vou gozar o Sol deste dia belo e triste, pensar na vida, e depois vou continuar a trabalhar, que é uma coisa que gosto muito de fazer”.

Mais tarde relatou o episódio insólito nas suas redes sociais: “Hoje fui a um funeral. Avisei ontem que não iria às primeiras horas dos ensaios de uma peça a estrear no último dia de Janeiro. Quando cheguei àquele que seria o quarto dia de ensaios, com o consequente atraso de duas horas e meia, fui despedido. É a primeira vez que me acontece. Voltei para casa com um misto de emoções: o absurdo do mundo dos vivos e o absurdo da morte, que nos lembra que a vida é um fósforo breve em que há valores mais importantes do que o estrito cumprimento dos horários. Esta produção foi anunciada em cima do joelho. Avisei que tinha alguns compromissos ainda nos primeiros dias do mês, e que isso me colocaria alguns entraves, pelo menos durante a primeira semana de ensaios. Recebi uma admoestação escrita. Devia ter saltado fora. Estou habituado a isto: as produções querem sempre o máximo tempo de nós, e levam a mal que tenhamos uma vida, mesmo que seja também ela profissional. Por isso, entre outras coisas, tenho consultas por fazer desde Outubro, que não marco, porque é preciso é trabalhar e estar disponível para os sobressaltos que a ausência de planificação estabelecem. Estou habituado a que só os actores não possam ter sobressaltos. Como funerais, por exemplo. Não esqueço, do dia de hoje, a emoção do abraço do meu amigo, a quem fui prestar condolências. Ainda bem que fui ao funeral. Vale muito mais do que o trabalho que perdi. Espero que a peça corra bem. E desejo aos meus colegas uma vida longa e sem sobressaltos. Disponibilidade absoluta, e sem mácula: eis o que parece ser vital para a concepção que algumas pessoas têm do que é realmente importante no Teatro. Não para a minha concepção de Teatro, certamente, que diverge muito da ideia de escritório, de fábrica, com apito e relógio de ponto. Agora vou gozar o Sol deste dia belo e triste, pensar na vida, e depois vou continuar a trabalhar, que é uma coisa que gosto muito de fazer”.

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