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No programa Passadeira Vermelha de segunda-feira, 12 de maio, Hugo Mendes juntou-se a Joana Latino e Filipa Torrinha Nunes para comentar as mais recentes polémicas do mundo dos famosos.
Um dos assuntos que gerou bastante discussão foi o gesto polémico de Inês Aires Pereira durante o dérbi entre Benfica e Sporting, realizado no Estádio da Luz no passado sábado, 10 de maio. A atriz, após uma sequência de provocação por parte dos adeptos, atirou ao chão a t-shirt do Benfica, gesto que levou a uma reação agressiva da parte de muitos fãs, com ameaças de morte, insultos e até promessas de agressões. A atriz pediu desculpas pelo ocorrido, mas isso não foi suficiente para apaziguar os ânimos.
Hugo Mendes, de forma indignada, criticou a atitude extremista de muitos adeptos e o clima de hostilidade crescente que envolve o futebol: “Vejo muita gente a crucificar a Inês, mas é algo que vejo em ambas as partes. Adeptos dos dois lados estão a agir da mesma forma. Não sou nenhum santo, mas tenho a certeza de que o desporto não deveria ser tratado dessa maneira. Eu, por exemplo, moro em Benfica e já assisti a claques a passar à minha varanda. Isso não é desporto, isso é violência”, afirmou.
O comentador aproveitou ainda para partilhar uma experiência pessoal muito dolorosa, que influenciou a sua visão sobre o desporto. Ele lembrou a morte do seu irmão, Nuno, há 22 anos, após um jogo de futebol, vítima de um ataque cardíaco, mas não sem antes sofrer uma série de ataques verbais e até ameaças físicas. “Não posso chamar de desporto aquilo que aconteceu com o meu irmão. Ele morreu após um jogo em que houve não só provocações, mas até cadeiras a voar. Ele foi ameaçado de morte naquele dia”, disse, com visível emoção.
Hugo Mendes defendeu que o futebol precisa de se afastar dessa mentalidade extremista: “Isso faz-me ter nojo do futebol, e eu não quero sentir isso. Espero que um dia o desporto seja visto de outra forma. Este pensamento extremista não é desporto, é uma parvoíce.”
Veja aqui o momento, ao minuto 11:40.
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