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Carlos Moedas foi convidado do programa Goucha no âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude. Durante a entrevista, Manuel Luís Goucha confrontou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa sobre uma das maiores polémicas dos últimos tempos: “Escondeu os sem-abrigo?”, perguntou o comunicador.
“Custou-me mesmo muito… porque nós, todas as quartas-feiras, fazemos uma limpeza na Almirante Reis por sujidade, coisas que estão ali e que vão ficando na rua e nós fazíamos sempre isso. Pedíamos aos sem-abrigo e os sem-abrigo agradecem e o meu sonho não é que eles estejam lá, é levá-los para outro sítio, é conseguir mudar. Atacaram-me de uma maneira que foi de tal ordem mentirosa, ofensiva… de algo que eu não fiz! Eu fui lá nessa mesma tarde. Os sem-abrigo estavam lá, estavam a agradecer que a rua estava limpa e foram filmar quando eles desviaram para limpar aquilo que se tem de limpar”, começou por responder Carlos Moedas.
O presidente continuou: “Cá está, a política no seu pior… a mentira, a manipulação… Entristece-me. Dói-me tudo, dói-me o corpo, dói-me a alma… Eu, que investi, este ano, sete milhões nas pessoas sem-abrigo, tenho quase 400 casas para ter essas pessoas, o quartel de Santa Bárbara, que, de repente, o Governo dizia para eu sair e eu dizia ‘não, eu quero lá ficar’. Portanto, eu tenho trabalhado tanto em prol das pessoas em situação de sem-abrigo que aquilo perfurou-me o estômago e fico triste quando isso acontece. Há uma coisa que quem me conhece sabe: Eu venho por bem e, portanto, tentar diabolizar a figura do Carlos Moedas é quase uma impossibilidade”, garantiu o político.
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