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O mundo cultural português ficou mais pobre com a morte de Francisco Guedes, um dos grandes responsáveis por festivais literários de grande prestígio, como o “Correntes d’Escritas”, o “Lev” e o “FLiD”. O autor e impulsionador destes eventos faleceu esta segunda-feira, no Porto, aos 75 anos.
Foi através destes três festivais – o Correntes d’Escritas, realizado na Póvoa de Varzim, o Lev – Literatura em Viagem, em Matosinhos, e o FLiD – Festival Literário do Douro, em Sabrosa – que Francisco Guedes contribuiu para a renovação e dinamização do panorama literário português. A sua visão única e o seu trabalho incansável permitiram a aproximação de autores e leitores, tornando a literatura mais acessível e presente.
Para além da sua paixão pela literatura, Francisco Guedes também se destacou no campo da gastronomia. Autor de diversos livros de receitas, como “As 100 Maneiras de Cozinhar Bacalhau e Outros Peixes” e “202 Maneiras de Cozinhar Porco”, ele contribuiu para a preservação e valorização da cozinha tradicional portuguesa.
Além disso, Francisco foi o responsável pela coleção editorial “12catorze”, das Edições Húmus, onde se dedicou a dar voz a novos autores e a apoiar nomes consagrados da literatura portuguesa, sempre com um grande compromisso com a qualidade literária.
A sua morte deixa um vazio no mundo da cultura em Portugal, e as Edições Húmus despediram-se dele com palavras de profunda admiração: “Até sempre, Francisco. O seu espírito generoso, a sua amizade e o seu trabalho incansável ficarão para sempre connosco.”
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