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South Park nunca teve medo de arriscar. E no episódio inaugural da sua 27.ª temporada, prova mais uma vez que não se rende à censura nem ao politicamente correcto. Em “Sermon on the Mount”, a série coloca Donald Trump no centro de uma sátira que mistura surrealismo, provocação e tecnologia.
Com o auxílio da Inteligência Artificial, o episódio mergulha numa espécie de fábula distorcida onde um Trump solitário no deserto ouve o seu próprio micropénis cantar, num momento que será difícil de esquecer — ou justificar: “His Penis Is Teeny-Tiny, but His Love for Us Is Large”.
Há ainda espaço para uma cena de teor sexual entre Trump e Satanás, além de referências às políticas comerciais contra o Canadá e ao fim do Late Show, apresentado por Stephen Colbert.
A reacção da ala republicana foi imediata. A Casa Branca emitiu um comunicado assinado por Taylor Rogers, que acusou a esquerda de celebrar agora aquilo que antes condenava: “A hipocrisia da esquerda não tem limites. South Park perdeu autenticidade há décadas. É irrelevante e reciclado”.
Independentemente das reacções políticas, o episódio confirma o que os fãs já sabiam: South Park continua a ser um espelho distorcido, incômodo — e muitas vezes certeiro — da cultura americana.
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