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A morte do Papa Francisco levou o Vaticano a seguir o protocolo estabelecido para garantir que o corpo do Sumo Pontífice seja velado com dignidade e respeito. Embora a tradicionalidade do evento seja mantida, há uma preocupação especial em preservar a integridade do corpo de Francisco, dado o clima húmido de Roma.
Para isso, o Vaticano utilizou um método de embalsamamento que remonta a 1914, introduzido após a morte do Papa Pio X. O processo envolve a drenagem do sangue e a aplicação de uma solução química à base de formaldeído, álcool e corantes, que evita a decomposição e permite a exposição do corpo sem que sinais de deterioração apareçam. Este método foi adotado de forma definitiva após um incidente em 1958, quando a má preservação do corpo do Papa Pio XII gerou sérias críticas.
No entanto, a grande novidade do funeral de Francisco será a sua própria decisão de seguir uma via menos tradicional. Em seu testamento de 2022, o Papa escolheu ser enterrado em um simples caixão de madeira revestido com zinco, sem os tradicionais três caixões. Além disso, ao invés de ser sepultado no Vaticano, Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, um gesto que reflete a sua vida de simplicidade e dedicação aos mais humildes.
A sua despedida será marcada por esse equilíbrio entre a tradição e a inovação, entre a grandiosidade do cargo e a humildade que sempre o caracterizou. Uma despedida que promete ser um reflexo do pontificado que mudou a Igreja para sempre.
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