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Após ter sido traída pelo seu marido e ter sido ‘abandonada’ com cancro, Petra Gil fez algumas revelações ainda quando estava casada com Rafael Dragaud.
A artista brasileira recordou: “A gestação foi até ao quinto mês. Até que um dia, durante o ultrassom, o Francisco estava sentado na minha perna e o médico pediu para o tirarem da sala. Eles não dizem que o coração parou. Foi uma confusão, dizendo para ligar para a obstetra, levar-me ao hospital”.
Preta ainda contou que teve que fazer cesariana: “Até que me contaram que o coração do bebé tinha parado. Tentámos fazer uma curetagem [um procedimento de remoção de tecidos que é também um método de interrupção da gravidez] e não deu certo, então, eu tive que fazer uma cesariana para tirar o bebé”.
Ainda disse: “Ele [o bebé] não nasceu, mas lembro-me dele, rezo para ele. Durante muito tempo, eu neguei essa perda, até há pouco tempo. Demorou para eu entender que eu tinha que viver o luto do bebé, fazer um ritual. Até porque, eu engravidei logo depois, mas perdi de novo, só que mais cedo, com três meses“.
A brasileira ainda explicou o que causou os abortos: “O motivo era uma má formação de um cromossoma por incompatibilidade minha e do meu ex-marido. Talvez nunca conseguíssemos ter filhos. Isso foi devastador para nós porque éramos apaixonados. Nunca tinha falado sobre isso dessa forma porque é doloroso”.
“Sentia vergonha por não conseguir, de me sentir incapaz. Eu vivi isso com o cancro também. Achava que eu era a culpada e é um horror como nós mulheres já nascemos com isso o tempo todo. A culpa é sempre nossa, não importa. Quando eu perdi o meu primeiro filho, foi um caos, mas atropelei os sentimentos e fui vivendo. O segundo eu consegui fazer a curetagem. Aquilo simbolizava muitas coisas, e para nós, como casal, aquilo era o fim. Acho que o nosso casamento não resistiu a isso, principalmente pelo facto de ele querer ser pai. Eu já tinha o Fran. A minha dor era terrível, mas a dor dele foi pior, porque era o primeiro filho”, lamentou.
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