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Soube-se que a TVI acabou por cancelar uma reportagem de Ana Leal sobre as falhas do Serviço Nacional de Saúde no combate a esta pandemia mundial, causada pelo coronavírus.
Depois do cancelamento, ainda existiu uma dissolução da equipa de investigação da TVI, ao que chegou ao Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas pediu, assim, esclarecimentos e a equipa de Ana Leal citou: “A ordem por parte do Director de Informação era clara: Não é a hora de apontar o dedo“.
“A equipa manifestou total discordância argumentando que o jornalismo não está de quarentena e que só há uma forma de fazer jornalismo: informar. Esta decisão nada tem a ver com a necessidade de distribuir e reforçar a equipa pela redacção, já que todos nós já estávamos a trabalhar exclusivamente no tema Covid 19, mas sob orientações da Coordenadora Ana Leal“, os mesmos é que referiram que estavam contra.
O Director de Informação da mesma estação recusou a tese de censura: “Não preciso que me expliquem a importância de preservar até aos nossos limites o jornalismo de investigação, que é normalmente incómodo e que, no caso da TVI e das duas jornalistas que coordenavam equipas próprias, não poupavam nem nada nem ninguém ao exercício de escrutínio. Repito: fizeram-no por meu impulso. E também insisto: no último ano e meio fizeram-no debaixo de todo o tipo de pressões. Quando a Ana Leal, a Alexandra Borges ou o seu diretor mais precisaram de se defender de formas de coação e, aí sim, de censura e ameaças de gente poderosa e até sem escrúpulos, faltou-nos a voz e a atitude daqueles que agora querem proteger o jornalismo de investigação.“
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