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Numa visita de campanha a um mercado de peixe, Pedro Nuno Santos foi surpreendido por protestos intensos vindos de duas vendedoras que, sem hesitação, fizeram ouvir o seu desagrado. A abordagem cordial do secretário-geral do PS rapidamente foi interrompida pelos gritos das trabalhadoras:
“Deviam ir trabalhar. Eu para comer tenho de trabalhar, cralho. Anda aí tudo à boa vida. Eu para comer tenho de ir trabalhar. Fda-se”, disparou uma delas, sem rodeios. Ao seu lado, outra vendedora reforçou: “Estiveram lá oito anos com maioria absoluta e não fizeram nada… Andam esses cavalos malandros à boa vida”.
O momento tenso atraiu a atenção de outros clientes do mercado, e uma mulher que assistia aos protestos fez questão de deixar o seu recado: “Enquanto lá estiveram não fizeram nada, agora prometem tudo”.
Perante a intensidade das críticas, Pedro Nuno Santos optou por se afastar, encerrando a visita mais cedo do que o previsto. A situação reflete um descontentamento que, pelos vistos, está longe de ser isolado.
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