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Numa declaração que marcou o fim de uma era para o Partido Socialista, Pedro Nuno Santos anunciou, com convicção, que abandona a vida política. À saída da reunião da Comissão Nacional do PS, em Lisboa, deixou claro que não há retorno: “A minha vida política e partidária termina.”
Foi uma despedida sem dramatismos, mas carregada de significado. O líder socialista enfrentou uma das campanhas mais difíceis da história recente do partido, que culminou numa derrota histórica. Ainda assim, Pedro Nuno assumiu o resultado com frontalidade e sem arrependimentos.
Quanto ao seu futuro imediato, mantém-se em aberto a possibilidade de ocupar o lugar de deputado: “Decidirei nas próximas semanas.”
Num tom firme, defendeu a sua conduta política, especialmente a rejeição de um entendimento com o Governo de Luís Montenegro: “Nunca poderíamos apoiar este executivo. Numa democracia madura, Montenegro não seria primeiro-ministro.”
Sobre a imigração, tema que dividiu opiniões durante a campanha, reconheceu os desafios criados por uma entrada rápida de estrangeiros no país, alertando para a necessidade de uma resposta equilibrada às tensões sociais.
Com as eleições internas já marcadas para 27 e 28 de junho, o Partido Socialista inicia agora uma nova etapa. O congresso está previsto para o final de 2025 ou início de 2026, e Carlos César assegura que o partido será um pilar de estabilidade na actual legislatura, apesar da derrota.
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