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O Papa Francisco sugeriu que poderia haver formas de abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, em resposta a cinco cardeais conservadores que desafiaram os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade. O assunto será discutido durante uma grande reunião em que os católicos LGBTQ+ estarão em pauta.
Em uma carta publicada pelo Vaticano, datada de 11 de julho, o Papa Francisco sugere que as bênçãos poderiam ser estudadas desde que não fossem confundidas com o casamento sacramental. O New Ways Ministry, um ministério de defesa e justiça para católicos LGBTQ+, elogiou a carta, dizendo que ela avança significativamente nos esforços para acolher os católicos LGBTQ+ na Igreja.
Embora o Vaticano defenda que o matrimónio é uma união indissolúvel entre homem e mulher, o Papa Francisco já manifestou apoio a leis civis que estendem benefícios legais aos cônjuges do mesmo sexo. Além disso, padres católicos em algumas partes da Europa têm abençoado uniões do mesmo sexo sem a censura do Vaticano.
A resposta de Francisco aos cardeais representa uma reversão da posição oficial atual do Vaticano. Em uma nota explicativa de 2021, a Congregação para a Doutrina da Fé afirmou categoricamente que a Igreja não poderia abençoar as uniões homossexuais porque “Deus não pode abençoar o pecado”.
Na nova carta, Francisco reitera que o matrimónio é uma união entre um homem e uma mulher, mas ressalta que a “caridade pastoral” requer paciência e compreensão. Ele afirma que os padres não devem apenas negar, rejeitar e excluir, mas sim discernir adequadamente se existem formas de bênção que não transmitam uma conceção errada do casamento.
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