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A música portuguesa perdeu esta semana uma das suas vozes mais únicas. Nuno Guerreiro, conhecido como vocalista da Ala dos Namorados, morreu aos 52 anos, vítima de uma infeção súbita. A notícia, confirmada na passada quinta-feira, 17 de abril, abalou o mundo artístico nacional e deixou em choque quem acompanhava de perto o seu percurso.
Apesar do inesperado da sua partida, Nuno deixara nas semanas anteriores sinais claros do seu entusiasmo artístico. No final de março, esteve em palco em Loulé, onde se apresentou com a Filarmónica Artistas de Minerva. Este projeto era o culminar de uma ideia que Nuno acalentava há anos: unir a sua voz à tradição filarmónica da sua terra. E assim foi. O público que esteve presente descreve dois concertos emocionantes, intensos e, como se viria a revelar, históricos.
José Branco, responsável artístico da filarmónica, partilhou que o próprio cantor expressara o desejo de registar esse momento em vídeo — queria que ficasse para a história. E ficou.
A morte chegou demasiado cedo e interrompeu vários projetos, como o planeado tributo a Sara Tavares, previsto para o Festival Med em Loulé. Nuno via nesse espetáculo uma forma de homenagear outra grande artista da música lusófona.
O funeral será realizado em Loulé, encerrando um ciclo que começou na mesma terra, entre os mesmos sons. Um ciclo artístico e humano que deixa marcas profundas na cultura portuguesa.
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