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Nuno Guerreiro morreu aos 52 anos, a 17 de abril, e deixou o país em luto. Vocalista da Ala dos Namorados e dono de uma das vozes mais distintas da música portuguesa, o artista tinha ainda planos por concretizar — e um deles estava prestes a ganhar vida.
Segundo José Branco, da Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva, Nuno estava a preparar uma homenagem a Sara Tavares, a cantora que faleceu em novembro passado. O concerto estava agendado para 29 de junho, no Festival Med, em Loulé, e representava para Nuno algo muito pessoal: «Ele dizia: ‘Temos de fazer alguma coisa em grande na nossa terra, uma coisa que seja inesquecível. Quero gravar estes dois concertos ao vivo’», revelou José Branco ao TVI Jornal.
Nuno estava entusiasmado, envolvido no projeto com dedicação e carinho. Queria prestar tributo a Sara Tavares com o que melhor sabia fazer: música carregada de sentimento, com uma entrega autêntica e generosa. Seria, também, uma forma de agradecer à música tudo o que lhe deu.
O último concerto de Nuno teve lugar precisamente em Loulé, a sua terra natal — um momento que se revelou simbólico, já que acabou por ser a sua despedida, ainda que involuntária. Com a sua morte, a homenagem a Sara fica por realizar, mas não esquecida.
Agora, ficam as intenções e os sonhos por cumprir, que revelam a sensibilidade de um artista que sempre viveu com o coração ao peito. Nuno Guerreiro e Sara Tavares já não estão entre nós, mas a arte que deixaram continuará a unir os que ficaram.
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