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Jornalista disfarçada filmou duas fábricas chinesas da gigante do “fast fashion” e a Shein, muito conhecida mundialmente, tem sido fortemente criticada por fazer quase tudo o que não se pode nem se dever fazer numa empresa, incluindo ter más condições de trabalho e uso incorreto de dados de clientes.
Na dita fábrica existem trabalhadores com mais de 18 horas de carga diária, sem folgas e a ganhar três cêntimos por peça de roupa, revela o documentário “Untold: Inside the Shein Machine”.
A investigação da estação de televisão britânica descobriu pormenores “desumanos” sobre as práticas da empresa chinesa de moda que fornecem roupa para a gigante da fast fashion.
Foi ainda descoberto que os trabalhadores recebem um salário base de 4 mil yuans por mês (cerca de 567 euros) para fazer 500 peças de roupa por dia e que o pagamento do primeiro mês fica retido, o que equivale a três cêntimos por peça.
Os trabalhadores fazem assim mais de 120 horas por semana para cumprir com os “mínimos” e sem direito a fins de semana e com apenas uma folga por mês.
“Aqui não há domingos”, lamenta um dos trabalhadores mostrados na reportagem.
Numa das fábricas, a jornalista viu mulheres a lavar o cabelo durante o intervalo do almoço, porque não tinham mais tempo livre, e os trabalhadores eram penalizados em dois terços do seu salário diário se cometessem um erro numa das peças de roupa.
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