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Jovem deixa carta aberta ao ‘Primeiro ministro’

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“Caro primeiro-ministro.

Hoje fez um comunicado ao país onde ameaçou demitir-se caso o descongelamento das carreiras dos professores seja aprovado. Isto, poucos dias depois de prometer que não se demitiria.

Quatro anos de teatro resumem-se ao dia de hoje: puro teatro. Embora agora culpe a direita pelo falhanço do acordo “estável” que lhe permitiu ser primeiro-ministro, em 2017 o seu partido defendia, pelas palavras de Pedro Nuno Santos, que o “PS não precisa, nunca mais, da direita para governar”.

Agora fazem um ultimato ao parlamento e mentem aos portugueses.
A verdade é que não passa de um hipocrita, porque dois anos depois do partido socialista ter concordado com a contabilização total do tempo congelado, ontem aprovado, vêm agora, mais uma vez, fugir à palavra e acusar outros de inconsequentes.

Inconsequente foi querer ser primeiro-ministro a todo o custo em 2015, formando governo com o apoio de forças partidárias que acusou de “parasitas”, depois de afirmar por várias vezes que o “PS tem de governar sozinho”.

Inconsequente é apresentar aos portugueses números e insistir em esconder as contas que os justifiquem, apenas para provocar pânico.

Mentiu, tal como mentiu sobre o fim da austeridade enquanto a carga fiscal aumentou todos os anos. Tal como mentiu quando decretou o “o fim da austeridade” enquanto Mário Centeno dizia em Bruxelas o contrário. Tal como mentiu sobre o aumento do investimento dos serviços públicos enquanto eram cativadas centenas de milhões de euros que provocaram a atual crise o SNS. Tal como mentiu que a sua “palavra dada é palavra honrada”. Mentiu, mentiu e continuou a mentir.

Depois de mais de 200 mortos em grande incêndios, em dois anos. Depois do roubo de armas numa base militar orquestrado por chefias do exército justamente com o ministro da defesa. Depois de uma teia de nepotismo nas hostes do poder. Depois de tudo isto, para si o derradeiro problema é a oposição simplesmente fazer oposição.

Por isso, caro primeiro-ministro, da mesma forma que não tem condições para continuar a governar também não tem portanto condições para se apresentar como candidato nas próximas legislativas. Seis anos depois de um outro primeiro-ministro ter prometido e cumprido não se demitir, está na altura de cumprir então a sua promessa pela primeira vez: demita-se.

Tenho dito.”

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