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O projeto Justice Initiative pretende aproveitar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para lançar uma campanha de sensibilização sobre a importância de uma legislação eficaz na deteção, denúncia e remoção de materiais de abuso sexual na Internet. Esta iniciativa recebeu influência e apoio do Papa Francisco, que abordou profundamente o assunto numa conferência realizada em 2019.
No dia 31 de julho, véspera do início da JMJ em Lisboa, serão distribuídos folhetos e afixados cartazes na cidade, com a imagem do Papa Francisco e a inscrição “O Papa quer as crianças seguras na Net”. O objetivo é alcançar os jovens para angariar assinaturas para uma petição que envolve 20 países e já conta com 260 mil assinaturas. Além disso, visa sensibilizar e prevenir os jovens sobre este tema.
Lúcia Saraiva, consultora técnica do Instituto de Apoio à Criança (IAC) no projeto Justice Initiative Portugal, destaca a importância de não tratar este assunto como tabu, uma vez que o próprio Papa tem manifestado preocupação e convida a mudanças de comportamento, especialmente na indústria tecnológica, não colocando o lucro acima da segurança das pessoas e dos direitos das crianças.
Saraiva também explica que existe uma diretiva de 2011, que expirará em agosto de 2024 e que protege as crianças na Internet contra abusos e exploração sexual. No entanto, em maio do ano passado, a Comissão Europeia propôs uma nova diretiva para melhorar essa proteção e possibilitar a deteção, denúncia e bloqueio de conteúdos considerados abusivos ou de exploração sexual infantil. No entanto, há um grande lobby de empresas que preferem que essa legislação deixe de existir.
O Papa Francisco, primeiro peregrino a inscrever-se na JMJ, chegará a Lisboa na quarta-feira, com uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima programada para sábado, onde rezará pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
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