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Jéssica Galhofas, de 25 anos, viveu em Feyzin, um subúrbio no sul de Lyon, França. Atualmente joga futebol no Seixal e reside no parque de campismo da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, na Costa de Caparica. Desde a sua apresentação no ‘Big Brother’, Jéssica já havia dado um pequeno vislumbre de sua vida complicada. No entanto, a sua história revelou um conjunto de tragédias impensáveis para alguém tão jovem.
Nascida em Lisboa, Jéssica revela que só aos 2 anos de idade conheceu os seus avós paternos, embora as pessoas lhe dissessem para não chamá-los de avós, porque na verdade não eram. Isso fazia com que se sentisse triste, magoada, sozinha e incompreendida. A sua vida começou a mudar drasticamente aos 10 anos, quando o seu pai oficial, mas não biológico, emigrou para França em busca de melhores oportunidades de trabalho. A mãe, Sandra, juntou-se a ele mais tarde, deixando Jéssica aos cuidados dos avós, o que a deixou revoltada. A jovem começou a chamar a atenção de várias maneiras – faltava às aulas, discutia com todos, brigava com colegas de escola e criava confusões por tudo e por nada. Sentia muita revolta e a falta dos pais. A solução encontrada pela família foi enviar Jéssica para Lyon, para ficar junto dos pais e tentar acabar com esse pesadelo.
Na escola em França, Jéssica afirma ter sido vítima de bullying por ser uma rapariga que usava saias e se maquiava. Os colegas a consideravam “fácil”. Ela também conta que foi abusada e humilhada por não falar francês, e até tinha um apelido pejorativo “Morue”, que significa bacalhau. Para ela, o futebol foi a sua salvação.
No entanto, essa salvação foi apenas temporária. Em 2017, nas férias de verão, Jéssica descobriu que o seu pai, Pedro, na verdade era seu padrasto. A sua mãe revelou que ele nunca a quis assumir e que nunca quis saber dela. Jéssica só conseguiu conhecer o seu pai uma semana antes de entrar no ‘Big Brother’ porque o tio dela faleceu e ela foi ao funeral.
Além de uma vida familiar desestruturada, Jéssica teve três relacionamentos amorosos desastrosos. O seu primeiro namorado tinha um caso com a sua melhor amiga, e ela os flagrou na cama, o que resultou em uma briga física. Mais tarde, ela relata que sofreu violência psicológica e doméstica com o seu último namorado, que a obrigou a abortar os seus gémeos. Ele chegou a bater na barriga dela para que ela perdesse os bebés.
Apesar de todas essas histórias de vida contadas por Jéssica no ‘Big Brother’, o psicoterapeuta e psicólogo clínico Joaquim Quintino Aires levanta a possibilidade de que essa seja uma construção mental de uma personalidade imatura. Segundo ele, é mais provável que seja uma invenção do que tudo isso realmente acontecer na vida de uma única pessoa. Ele menciona a probabilidade de ser uma personalidade imatura narcisista ou até mesmo uma perturbação de conduta, de caráter mais grave. Porém, reconhece que existe a possibilidade de que as histórias sejam verdadeiras, mas é uma probabilidade muito pequena.
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