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Cristiano Ronaldo voltou a cruzar a fronteira entre futebol e negócio. Esta terça-feira, o internacional português revelou que será o rosto da nova campanha de turismo da Arábia Saudita, intitulada “Vim pelo Futebol, Fiquei para Descobrir Mais”.
O projeto faz parte do ambicioso plano “Visão 2030”, com um investimento estimado em 800 mil milhões de dólares e a meta de transformar o país num destino de referência mundial. Desde 2018, a Arábia Saudita já organizou mais de 100 eventos de dimensão internacional e quer chegar a 150 milhões de visitantes dentro de sete anos.
A escolha de Ronaldo como figura principal desta estratégia de comunicação não surpreende: o jogador é um ícone global e tem vivido em Riade desde que assinou pelo Al-Nassr. Contudo, em Portugal, a reação foi mista. Se alguns aplaudem a capacidade do avançado em manter-se no centro dos negócios globais, outros não escondem a frustração, acusando-o de sacrificar princípios em nome de contratos milionários.
No fundo, a questão que se coloca é simples: Cristiano Ronaldo está a abrir portas para um novo mercado ou a fechar capítulos da sua imagem em países onde os valores da Arábia Saudita geram controvérsia?
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