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Lembra-se do casal que foi notícia anteriormente por ter sido apanhado a ir de férias para o Algarve? Pois bem, já deixaram a justificação nas suas redes sociais.
Recordando que eles moram em Lisboa mas usaram a morada fiscal dele para ir de férias para o Algarve, fintando assim as autoridades e o que se pretendia nesta época de Páscoa em que o Estado de Emergência visa confinar as pessoas ao seu conselho de residência.
Pois bem, nas redes sociais, o jovem veio justificar-se e prestar esclarecimento aos “palhaços” que o insultaram, criticaram e outros que desejaram a sua morte e aos seus familiares.
“Ora bem, vou tentar ser breve e claro em relação a este assunto. Sou eu o condutor que aparece no vídeo, e para toda esta cambada de palhaços, que não tem mais nada culto que fazer a não ser insultar e criticar, deixo aqui um esclarecimento.
Chamo-me Nicolas Ferreira, sou estrangeiro mas sempre residi no Algarve. Há cerca de três anos, desloquei-me para Lisboa, para prosseguir a minha carreira académica. Estudo Medicina Veterinária na Universidade de Lisboa, no terceiro ano curricular. Estou em isolamento voluntário na minha residência, em Lisboa, desde 9 de março, data em que a minha faculdade foi fechada.
Muito provavelmente, este bando de idiotas que está para aqui a falar merda, nessa altura ainda andava a passear e a fazer o que bem lhe apetecia. Não saio de casa a não ser para adquirir bens essenciais há um mês. Ontem [terça-feira], o Reitor e os respetivos presidentes das faculdades da Universidade de Lisboa reuniram-se para confirmar que não haveria mais aulas presenciais até ao final do ano letivo, o que tendo em conta que estou num curso de saúde, não ter a parte prática é penalizador, pelo que resolvi esperar até hoje [quarta-feira] para ter a confirmação de que não havia mais nenhuma razão para ficar em Lisboa.
Para vossa informação, a minha formação académica confere-me conhecimentos de virologia e doenças infecciosas que vocês, seus ignorantes, poderão nunca ter. Portanto, considero-me mais informado do que vossemecês. Ainda acrescentando, a morada fiscal aparece em diversos documentos que apresentei ao senhor polícia antes de ser entrevistado, e na carta de condução existe um código de letras que permite identificar o local de onde foi emitida a carta. No meu caso, Faro. Obviamente que apenas quem tem carta sabe isto.
Se ainda não estão cansados de ler os meus argumentos ou se já ganharam vergonha na cara e deixaram de ler, ainda acrescento que a ‘rapariga’ que vem ao meu lado, a minha namorada, estuda na mesma faculdade que eu há um ano e antes de residir em Lisboa residia em São Miguel (Açores). Como cidadã responsável, decidiu não se deslocar para um aeroporto e ir para casa, preferindo ausentar-se da única família que tem em Portugal para se isolar comigo.
Não contactámos com ninguém que apresentasse sintomas, pelo que considero-nos sãos. Se alguém me quiser ensinar o que quer que seja que eu ainda não saiba acerca desta pandemia (que não tenha sido aprendido via Facebook) está à vontade para me mandar mensagem privada, que eu dou a minha morada fiscal para cá virem conversa comigo.
A todos que nos insultaram e desejaram o falecimento de familiares por COVID-19, desejo exatamente o mesmo e uma boa Páscoa“.
(clicar na imagem para fazer zoom da mesma)
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