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Sob a condução de Cristina Ferreira, a gala da Casa dos Segredos trouxe à tona um segredo que deixou a casa e o público em silêncio: o segredo “Estive entre a vida e a morte” pertencia a Bruno Simão. O concorrente abriu então um capítulo da sua vida que ainda hoje carrega marcas profundas.
Tudo remonta ao dia 24 de janeiro de 2018 — o aniversário da mãe. Bruno pegou emprestada a mota de um amigo para tratar de burocracias no Campo da Justiça. Mas a memória desse dia aparece-lhe como um filme interrompido. Não sabe ao certo se terminou as tarefas que tinha programado. Apenas sabe que, a poucos metros do tribunal, a sua vida mudou num segundo: um embate feroz lançou-o para um cenário de emergência absoluta.
Transportado para o hospital, entrou em coma. A família e a equipa médica viveram horas carregadas de medo. Quando finalmente acordou, soube que esteve entre a vida e a morte. Perdido entre máquinas e tubos, soube também que tinha perdido 18 quilos em pouco mais de três semanas — e quase todas as memórias desse tempo.
Desportista desde sempre, habituado ao suor, à intensidade e ao compromisso, recebeu no hospital a notícia que lhe rasgou o coração: já não poderia jogar futebol. O médico que entrou no quarto falou com uma sinceridade dura: “Com o teu estado clínico, não estarás apto para competir”. Bruno desabou. Não chorou apenas pela dor física, mas porque sentiu que lhe tinham roubado o que era seu desde criança.
Mas o destino ainda lhe reservava mais provações. Desenvolveu uma septicemia e foi novamente operado às pressas. Durante a cirurgia, o coração parou. “Foram três milagres”, recorda — e sobreviveu aos três.
No meio de noites sem descanso e incertezas constantes, foi uma mensagem da filha Carolina que lhe devolveu a esperança. “Ela fez-me acreditar outra vez”, diz. Erguer-se pareceu impossível — mas ele levantou-se. Quatro meses depois, estava a treinar no Casa Pia. Não apenas regressou ao futebol: brilhou, conquistou um título e viveu aquela que descreve como “a maior vitória da minha vida”.
Quando fala do que viveu, a dor pela família ainda pesa mais do que a sua: “A minha mãe estava em França a celebrar o aniversário e recebe a notícia de que o filho teve um acidente gravíssimo. Acredito que o sofrimento deles tenha sido maior do que o meu”.
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