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Bruno de Carvalho teve conhecimento das “buscas” no Sporting CP e decidiu reagir publicamente através do seu Instagram.
As buscas aconteceram por parte da Autoridade Tributária nas instalações do Sporting, Benfica e Porto e à constituição da SAD do clube leonino como arguida no âmbito do processo sobre suspeitas de fraude fiscal e branqueamento que envolve contratos e transferências de futebolistas.
Durante 13 minutos de vídeo, o ex-presidente do Sporting clarificou alguns pontos da sua função – entre março de 2013 e junho de 2018 – isto após o Sporting ter referido em comunicado que as buscas se concentraram entre 2015 e 2017 – período em que foi presidente – sendo que o comunicado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) referiu que os factos em investigação compreendem os anos de 2014 a 2022.
Bruno de Carvalho decidiu, neste sentido, esclarecer “a verdade sobre a política salarial” de quando foi presidente, por comparação com a “vergonhosa política salarial do Dr. Varandas” com o objetivo de “explicar a alguns comentadores” o que aconteceu: “Vou falar sobre este aumento salarial, começando por explicar a alguns dos comentadores que o facto de ter sido aprovado por 86% apenas comprova que, provavelmente, toda a gente que estava naquela assembleia votou contra. Basta os votos do clube e da Holdimo para dar os 86% ou praticamente os 86%“, começou por dizer.
“Quero contar-vos algumas coisas“, anunciou Bruno de Carvalho, que passou a explicar a situação “verdadeiramente caótica” que se vivia no clube na altura em que iniciou como presidente: “Não foi uma situação herdada por Varandas, decidi não receber salário creio que durante seis meses. Aquilo que eu fiz foi achar que se estava a despedir pessoas, não devia estar a ganhar dinheiro. E ninguém me pediu isto, foi uma decisão minha que, pelos vistos, ninguém valorizou visto que fui expulso de sócio. Depois explicar que, com todo o trabalho que eu tinha, aquilo que eu levava para casa por ano eram cerca de 60 mil euros, líquido. E depois havia alguns prémios que tinham a ver com dinheiro que também tinha sido ganho…“.
O DJ também expôs uma situação que “as pessoas não contaram“: “Quando comecei a ouvir falar sobre a destituição, decidi, por livre e espontânea vontade, devolver 100 mil euros do dinheiro que eu tinha ganho no Sporting ao Sporting. E isto tudo há provas. Portanto, é preciso ter um amor muito grande ao clube, e não ser um narcisista, para não receber ordenado, para dar o exemplo, e quando se falou em destituição, não foi quando fui destituído, ainda devolver ao Sporting dinheiro que era meu que o Sporting, já agora depois de tudo o que me fez, podia-me ter retornado“.
Bruno de Carvalho lembrou, de seguida, os êxitos que o clube conquistou durante os cinco anos em que foi presidente e lamentou: “Gostava de dizer que estou absolutamente escandalizado, porque, nunca se esqueçam, que foi a primeira vez no meu mandato que o clube e a SAD tiveram saldos positivos e no entanto foram nos anos em que mais investimentos fizeram, quer nas modalidades, onde fomos campeões em todas, menos o futebol, e acho que toda a gente já percebeu o porquê, sobretudo em 2015/2016“.
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