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Esta quinta-feira, a Praça do Comércio transformou-se num palco para a mais recente provocação de Bordalo II. O artista ergueu um enorme cartaz com a inscrição “Vende-se Lisboa”, uma frase curta mas carregada de crítica social.
A obra, amplamente partilhada nas redes, foca-se na crise habitacional e no avanço imparável da gentrificação. Bordalo descreve a cidade com sarcasmo, como se fosse um anúncio imobiliário destinado a investidores estrangeiros: “Excelente oportunidade. Cidade de traça antiga, com ótima exposição solar e acabamentos de luxo.”
Num tom ainda mais mordaz, conclui: “Vista sobre o Tejo, comércio e restaurantes deluxe, ambiente cosmopolita e gentrificado. Uma cidade de sonho – menos para quem nasceu cá, que já nem sonhar pode.”
A intervenção reforça a mensagem que Bordalo II tem repetidamente deixado nas ruas: Lisboa está à venda, e os seus habitantes pagam o preço
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