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Atriz Inês Herédia denuncia discriminação em contratos devido à sua orientação sexual

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Inês Herédia marcou presença no programa ‘Dona da Casa’ da Antena 3. Num bate-papo descontraído com a jornalista Catarina Marques Rodrigues, a atriz revelou ter sido discriminada em contratos de publicidade devido à sua orientação sexual, por diversas marcas, desde alimentação até produtos para bebés.

“Nunca te dão essa explicação”, começou Inês. “Mas tens três pessoas para serem escolhidas, depois reduz para duas, de repente já és o único perfil que encaixa exatamente no que eles querem, e depois não ficas. Achas estranho. Depois acabam por não escolher ninguém e contratam uma modelo. Dois anos depois descobres o porquê”, partilhou a atriz.

A artista também falou sobre as tentativas de ‘pinkwashing’ que enfrentou, referindo que “em junho, são sete, oito, nove marcas a quererem fazer a comunicação do mês Pride. Ser gay-friendly não é apenas em junho”.

“Quando sai uma notícia de que uma mulher foi assassinada na Venezuela por ser lésbica, ou que o casamento gay tornou-se legal na Tailândia, não vejo ninguém a falar sobre isso a não ser a própria comunidade LGBTQ+. Isso deixa-me perplexa”, acrescentou Inês no decorrer da conversa.

Inês Herédia revelou que agora é mais seletiva quanto às marcas com as quais se associa. “Há uma responsabilidade aí. Recebo muitas mensagens de jovens LGBTQ+. Noventa por cento delas relatam problemas específicos, como o medo de se assumirem perante a família e até serem expulsos de casa…”, partilhou a atriz.

Casada com a jornalista Gabriela Sobral há seis anos, Inês recordou o momento em que apresentou a sua esposa à família. “Foi num dia muito especial, o Dia da Mãe. A minha mãe escolheu essa data, pois a Gabi não tinha a mãe presente, e a minha mãe sabia disso. Foi um gesto simbólico que demonstrou o apoio e carinho da minha família por ela. Hoje em dia, a Gabi faz parte da família como qualquer outra pessoa”, partilhou emocionada.

Em relação à sua carreira, Inês apontou a presença de discriminação e estereótipos, destacando que “no meio das câmaras, seja televisão ou cinema, as oportunidades não são tão igualitárias. Especialmente para os homens. Se um ator exibir maneirismos mais femininos, é automaticamente rotulado como incapaz de interpretar personagens com expressão de género masculino, como um galã, por exemplo”, exemplificou.

Inês Herédia revelou ainda que, no início do seu relacionamento com a atual diretora de produção e conteúdos da Plural, “houve sempre uma tentativa” de associar o seu sucesso ao facto de serem namoradas.

“Na esmagadora maioria das vezes há pouca disponibilidade para perceber o currículo e talento das pessoas. Eu estava há quase 10 anos a fazer teatro, tinha formação, inclusive em Londres”, enfatizou.

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