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Na noite de 10 de junho, a cultura portuguesa foi abalada por um episódio de violência inaceitável. Três atores da companhia A Barraca, em Lisboa, foram agredidos à porta da sala de teatro em Santos, alegadamente por membros de um grupo neofascista. Um dos artistas, Adérito Lopes, foi hospitalizado no São José, e o espetáculo previsto para essa noite foi cancelado.
Segundo a encenadora Maria do Céu Guerra, cerca de 30 indivíduos reuniram-se junto ao teatro ao final da tarde e insultaram os artistas, distribuindo panfletos com mensagens associadas à extrema-direita, como “remigração” e “Portugal aos portuguezes”.
A sessão cancelada — com entrada livre e lotação esgotada — fazia parte das comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões. A violência forçou a suspensão imediata do espetáculo “O Amor É um Fogo que Arde Sem se Ver…”.
Um dos agressores foi detido no local, mas o clima de medo e insegurança marcou fortemente a companhia. “Ainda se vai repetir a história do Alcindo Monteiro”, alertou Maria do Céu Guerra, apelando à rejeição clara do extremismo. O ataque é entendido como uma ameaça à liberdade artística e aos valores democráticos.
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