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Júlio Isidro com os seus 79 anos, continua a dar cartas e não tem planos para se aposentar tão cedo. Mas a verdade é que não o faz apenas por amor à profissão, como confessou numa entrevista ao Correio da Manhã.
“Em teoria já estou reformado, mas na prática sou alguém que não se acomoda. Acredito que todos merecem ter o seu lugar no mercado de trabalho e sempre encarei a minha vida como uma ligação direta entre o trabalho e a nossa qualidade de vida. Por isso, para garantir um futuro melhor para as minhas filhas e para mim, continuo a trabalhar arduamente, especialmente pelas minhas filhas. Se não fossem elas, talvez pudesse abrandar um pouco o ritmo. E além disso, faço muitas coisas de forma solidária: palestras, apresentações de livros ou espetáculos, porque acho que é um dever das figuras públicas estarem disponíveis quando os outros precisam”, partilhou o apresentador, com décadas de experiência na televisão.
“Não estou aqui para bater recordes, mas é um facto que tenho o recorde de mais tempo em antena em Portugal. São 64 anos a fazer televisão. E todos os dias, ao longo desses 64 anos, procuro aprender algo novo. Não sou daqueles que acham que por serem mais antigos sabem tudo e não querem saber das novidades. Muito pelo contrário! Sou uma espécie de bandeira dos profissionais mais velhos. É um desperdício ignorar o conhecimento e a experiência daqueles que, só por terem cabelos brancos, são muitas vezes esquecidos ou abandonados… Alguns são até mesmo marginalizados”, lamentou o apresentador da RTP, que continua a batalhar contra o cansaço que o trabalho traz consigo.
“Cansado é como me sinto todos os dias, só consigo afastar esse cansaço quando começo a trabalhar”, brincou Júlio Isidro.
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