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O artista suíço Nemo, vencedor da Eurovisão 2024, anunciou que pretende devolver o troféu que conquistou, como forma de protesto contra a continuação de Israel no concurso. Para o músico, essa participação contradiz os valores de união e respeito que a competição afirma promover.
Através de uma publicação no Instagram, Nemo explicou que, apesar do profundo impacto que a Eurovisão teve no seu percurso, já não consegue sentir o troféu como seu. Criticou o facto de o concurso manter a presença de um Estado que, segundo a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU, enfrenta acusações graves.
O artista reforçou que a sua crítica não é dirigida a músicos individuais, mas sim ao modo como a Eurovisão tem sido usada, na sua opinião, para melhorar a imagem de Israel. Para Nemo, a insistência da EBU em classificar o concurso como apolítico colide com o abandono de vários países que não aceitaram essa posição.
Assim, decidiu devolver o prémio à sede da União Europeia de Radiodifusão, em Genebra, defendendo que não pode celebrar princípios que acredita não serem aplicados fora do palco.
A sua posição já tinha sido expressa anteriormente: em maio, antes da edição de 2025, afirmou que a presença de Israel era incompatível com o contexto do conflito em Gaza e mostrou apoio aos movimentos que pediam a exclusão do país.
A participação israelita na Eurovisão 2024 não passou despercebida, tendo sido marcada por protestos e críticas. Cantores como Eric Saade foram contestados por símbolos considerados politizados, e até a atuação da portuguesa iolanda chegou a ser retirada das redes sociais devido às unhas com o padrão do keffiyeh.
A decisão de Nemo volta agora a colocar a presença de Israel no centro do debate sobre o futuro do festival.
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