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Nininho Vaz Maia foi alvo de buscas pela Polícia Judiciária, no âmbito de uma operação que visou desmantelar redes de tráfico de droga. O cantor, que foi constituído arguido, saiu em liberdade e, pouco depois, a sua equipa emitiu um comunicado em que reforçou a sua inocência.
O tema dominou várias conversas mediáticas, nomeadamente no programa Dois às 10, da TVI. Na emissão de 7 de maio, Suzana Garcia, advogada convidada, criticou a forma como o caso foi tratado pela comunicação social. “As sentenças foram dadas logo ontem. Bastou abrir as redes sociais para o ver condenado. E o pior é que ouvi expressões como ‘é genético, faz parte do grupo dele’. Estigmatização pura”, criticou.
A advogada demonstrou ainda preocupação pelo impacto das notícias na vida pessoal do cantor, destacando a exposição pública que a família de Nininho Vaz Maia foi obrigada a enfrentar. “Este homem tem filhos. Se for inocentado, não tenho dúvidas de que vai processar o Estado português. Houve uma fuga de informação grave”, afirmou.
Suzana Garcia defendeu que as notícias só deveriam ser divulgadas em caso de condenação e elogiou quem criticou esta violação do segredo de justiça. “O que interessa ao público é o comunicado da Polícia Judiciária quando está a combater a criminalidade, não esta caça às bruxas”, referiu, demonstrando também curiosidade em saber quem é a advogada indiciada no processo: “É muito mais chocante uma advogada envolvida em tráfico do que um cantor”, disse.
Vera de Melo, também presente no debate, considerou que não se deve julgar quem quebrou o segredo de justiça, mas Suzana Garcia discordou: “Claro que podemos e devemos julgar! Houve uma violação do segredo de justiça, isso é crime! Alguém quebrou o que é constitucionalmente protegido, e isso não pode ficar impune”, reforçou.
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