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Desde a morte de Marco Paulo, em outubro, vítima de cancro, têm-se multiplicado os eventos de homenagem ao artista. Concertos e peregrinações a Fátima tornaram-se frequentes, mobilizando centenas de pessoas e gerando receitas consideráveis.
Maria Violante, responsável por algumas das excursões, sublinha o lado solidário da iniciativa: “Penso em todos os que passam por momentos difíceis”. Numa das viagens, três autocarros partiram de Lisboa com 160 pessoas, cada uma pagando 57 euros.
A agência As Viagens da Cris, de Ana Cristina Santos, tem sido central nestes eventos. A 13 de abril, organizou uma peregrinação a Fátima e um almoço em Rio Maior com 650 participantes. A ação rendeu 29.120 euros: 9.120 das excursões e 20.000 do almoço.
No setor musical, os tributos multiplicam-se. Nuno Miguel, com o espetáculo Amor Eterno, cobra entre 4.000 e 6.750 euros, consoante as condições técnicas. Telmo Miranda, que apresenta Maravilhoso Coração, cobra entre 7.400 e 9.980 euros. O artista recorda o desejo de Marco Paulo: “Gostava que fosse na tua voz que continuasse a cantar”.
O projeto Para Sempre Marco, dirigido por Tiago Pais Dias, envolve Jéssica Cipriano e Andrea Verdugo. Os valores por atuação podem chegar aos 14.000 euros. Segundo o responsável, os montantes justificam-se: “Os músicos não vivem do ar”.
As homenagens incluem também gestos simbólicos, como a libertação de balões e acender de velas. Apesar de críticas quanto ao aproveitamento económico, os organizadores alegam que os lucros cobrem apenas despesas logísticas e artísticas. Telmo Miranda afirma ter o apoio da família do cantor.
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