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Um apagão inesperado deixou, esta segunda-feira, várias regiões de Portugal e Espanha sem eletricidade durante várias horas, num dia marcado por temperaturas elevadas e uma procura energética acentuada.
De acordo com as autoridades espanholas, a origem do problema localizou-se no sul de Espanha e não esteve relacionada com atos de sabotagem ou ciberataques. A falha foi súbita, obrigando os sistemas automáticos de segurança a intervir para proteger a integridade da rede elétrica.
Segundo informações da Red Eléctrica de España (REE), o apagão resultou de um desequilíbrio entre a oferta e a procura de energia. Alguns especialistas apontam para um possível excesso de produção proveniente de painéis solares, o que poderá ter gerado uma sobretensão na rede e provocado instabilidade. Este tipo de descompensação não é inédito — recentemente, a Repsol alertou para uma quebra abrupta de fornecimento na sua refinaria em Cartagena, o que levanta preocupações sobre a estabilidade da rede energética em situações semelhantes.
O evento caracterizou-se por uma perda abrupta de 15 gigawatts em apenas cinco segundos, o que equivale ao consumo estimado de 11,5 milhões de habitações. Este colapso forçou a atuação imediata dos mecanismos de proteção e desencadeou uma falha em cadeia. Na altura da ocorrência, Portugal encontrava-se a importar eletricidade de Espanha, aproveitando os preços mais baixos da energia solar.
A investigação oficial sobre a origem exata do apagão ainda está em curso.
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