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A música portuguesa perdeu uma das suas vozes mais singulares com a morte de Nuno Guerreiro, aos 52 anos, vítima de septicemia. Reconhecido pelo timbre inconfundível e sensibilidade interpretativa, o vocalista dos Ala dos Namorados travou, fora dos palcos, uma batalha menos visível: a de procurar a perfeição estética.
Vaidoso assumido, Nuno Guerreiro procurava manter-se irrepreensível aos olhos do espelho. Frequentava com regularidade a clínica do cirurgião Ângelo Rebelo, onde realizou múltiplas intervenções no Hospital da Ordem Terceira. Entre os procedimentos a que se submeteu ao longo dos anos contam-se a correção da dentição, rinoplastia, otoplastia, lipoaspiração, abdominoplastia, bem como o uso de ácido hialurónico para suavizar marcas de expressão.
Fora das clínicas, mantinha um estilo de vida saudável, com treinos regulares, corridas ao ar livre e uma alimentação cuidada. A estética e o bem-estar faziam parte da sua rotina tanto quanto a música.
Em 2021, numa entrevista concedida à revista TV Guia, o cantor refletiu sobre esta procura constante por harmonia interior e exterior: “Sempre adorei tratar-me bem, vestir-me bem, sempre adorei moda. Sempre gostei de mim. O que eu acho é que me esqueci de mim. Quero estar sempre melhor e ver-me bem. Isso esteve sempre lá, mas acho que me esqueci de mim em prol dos outros. Os amores assolapados é que estragaram tudo. Temos que nos saber amar. Se não nos amarmos mais a nós, como é que amamos ou sabemos amar os outros?”
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