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Luísa Sobral REVOLTADA: “Hoje qualquer chaço é um TVDE”

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Luísa Sobral partilhou um desabafo sobre uma experiência recente que teve num veículo TVDE.

Eu ainda sou do tempo em que os motoristas da TVDE nos faziam perguntas como ‘A temperatura está boa para si?’, ‘Tem preferência por alguma estação de rádio?’, ‘Deseja água?’… Todos nos sentíamos um pouco a brincar aos ricos, com um Ambrósio novo a cada viagem. Tudo isto parece ter acontecido num tempo longínquo, dada a diferença abismal desses dias para os que correm“, começou por escrever, na manhã desta terça-feira, nas redes sociais.

Hoje qualquer chaço tem o seu autocolante TVDE, a língua oficial dentro dos veículos mudou para inglês, a condução é sempre feita a olhar para o mapa, o que se assemelha bastante a um jogo de PlayStation, e qualquer um é motorista, mesmo que a carta de condução seja partilhada com outros dez indivíduos, como se da subscrição da HBO se tratasse“, criticou, antes de relatar o que lhe aconteceu.

No outro dia pedi a um rapaz que baixasse um pouco a música, ao que ele me respondeu: ‘Assim eu não ouço’. Em Madrid, no regresso ao hotel após um concerto, fomos o caminho inteiro a ouvir ‘Me gusta la gasolina’ em volume de discoteca. Não disse nada, limitei-me a cantar para dentro“, contou.

Mas a situação mais caricata aconteceu-me na semana passada, também a regressar de um concerto, desta vez em Lisboa. Dez minutos depois de entrar no Uber, já sabia que o senhor se tinha envolvido com uma rapariga angolana durante a pandemia (toca o telefone, rejeita a chamada), que tinha um filho dela, que descobriu que ela o traía (toca o telefone, rejeita a chamada), que fez um teste de ADN, que se separou, que ela não o deixa ver o filho (toca o telefone, rejeita a chamada), que a irmã é vegetariana e tem uma loja de pedras em Mafra (toca o telefone, rejeita a chamada) e que, além de motorista, é barman“, descreveu.

Parece ser urgente, disse-lhe eu, se quiser atenda. Ele atende em alta voz. Do outro lado ouço uma rapariga com sotaque brasileiro: ‘onde tu anda?’, pergunta ela num tom irritado. ‘Estou com uma cliente, não posso falar’, reponde o senhor. ‘Tu não tá com cliente não’, grita ela a perder as estribeiras. Este ping pong absurdo continua até que o senhor me diz: ‘Desculpe, pode falar com ela para perceber que a senhora é mesmo só uma cliente?’. Só consegui responder: ‘Não me meta no meio dos seus problemas’. Ele desligou“, revelou Luísa Sobral, admitindo que não sabe o que queria que ela lhe dissesse.

Seria eficaz um ‘Boa noite. O meu nome é Luísa e sou cliente da Uber’…? Como se tudo isto não fosse desconfortável o suficiente, à meia-noite recebo uma mensagem privada dele, no Instagram, a dizer: ‘Boa noite, Luísa’…“, acrescentou.

E para aqueles que defendem os taxistas, deixo-vos com uma história que me foi contada por um senhor da Uber, que vale o que vale, dada a concorrência, mas que nunca mais esqueci. Sei que, como em todas as profissões, há pessoas boas e outras menos boas, pouco importa a empresa para a qual trabalham. O dito senhor da Uber apanhou uma cliente num hotel na Avenida da Liberdade e levou-a ao aeroporto. Quando lá chegou, a senhora recusou-se a sair do carro, dizendo ter a certeza de estar no aeroporto errado. O senhor tentou explicar-lhe que em Lisboa só havia aquele, apesar de há mais de 50 anos se falar em fazer um outro. ‘Não é possível’, disse ela muito confusa, ‘Tenho a certeza de que o táxi que apanhei do aeroporto para o hotel demorou quase duas horas e passou duas pontes’…“, rematou.

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