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Recentemente, o Vaticano emitiu uma declaração a esclarecer a posição da Igreja Católica em relação ao batismo de pessoas transexuais.
Segundo o comunicado, “um transexual, que também tenha sido submetido a tratamento hormonal ou cirurgia de redesignação sexual, pode receber o batismo nas mesmas condições que o resto dos fiéis”. No entanto, é necessário que sejam cumpridos dois requisitos específicos para que tal aconteça.
A nota vem a público numa altura em que a questão da identidade de género e a forma como a Igreja lida com ela tem sido alvo de debate e controvérsia. O tema tem sido discutido tanto entre os próprios fiéis como por entidades e ativistas fora da esfera eclesiástica. A nova posição do Vaticano vem, assim, trazer alguma clareza e abrir espaço para a inclusão de pessoas transexuais na comunidade católica.
Os requisitos estabelecidos pela Igreja para o batismo de transexuais são, porém, claros. Em primeiro lugar, a pessoa em questão deve manifestar uma vontade genuína de receber o sacramento do batismo. Isto significa que não pode ser uma imposição de terceiros, mas sim uma decisão própria e consciente de quem quer iniciar o seu percurso de fé na Igreja Católica.
O segundo requisito estipulado pelo Vaticano é que a pessoa em questão deve estar a viver de acordo com o género pelo qual foi batizada. Ou seja, se uma pessoa foi designada como do sexo masculino ao nascer, mas posteriormente realizou uma transição para o sexo feminino e vive como mulher, é neste género que deverá ser batizada. Este requisito reflete a posição tradicional da Igreja em relação ao género, que continua a ser pautada pela conceção binária e estática de masculino e feminino.
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