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O hacker Rui Pinto foi condenado por nove crimes, incluindo um crime de extorsão tentada, três crimes de violação de correspondência agravada e cinco crimes de acesso ilegítimo. Rui Pinto foi condenado a dois anos de prisão pelo crime de extorsão tentada. Além disso, foi condenado a quatro anos de prisão com pena suspensa, juntamente com Aníbal Pinto, por extorsão tentada em co-autoria com o hacker. Rui Pinto terá também que pagar multas de três mil euros à Doyen, além de mais de 20 mil euros em indemnizações a Rui Costa Pereira, João Medeiros e Inês Costa de Almeida.
Ficou provada a tentativa de extorsão, sendo condenado por esse crime. Também foi condenado por cinco crimes de acesso ilegítimo, mas foi absolvido do crime de acesso ilegítimo à Score. Dos 68 crimes de acesso indevido inicialmente acusados, foi condenado por 67. No total, o hacker foi condenado por 67 crimes de acesso indevido, 14 crimes de violação de correspondência, cinco crimes de acesso ilegítimo e um crime de extorsão tentada. O hacker foi amnistiado por 67 crimes de acesso indevido e 11 crimes de violação de correspondência.
A juíza Margarida Alves afirmou que a maior parte dos pontos da acusação do Ministério Público foram provados, tanto em relação à atuação de Rui Pinto como de Aníbal Pinto. Uma das principais conclusões dos juízes é que o hacker trabalhava sozinho e era o único responsável pelo Football Leaks, ao contrário do que tinha afirmado durante o julgamento. A juíza afirmou que não acreditava que ele tivesse tido qualquer tipo de ajuda e destacou que não há provas técnicas que indiquem a existência de colaboradores.
Foi mencionado que na primeira publicação do Football Leaks havia uma pista de que apenas uma pessoa seria a autora do blog, uma vez que falava sempre na primeira pessoa do singular e pedia doações para ajudar nos trabalhos que tinha realizado. Os juízes também lembraram que Rui Pinto admitiu ser o único responsável pelo Luanda Leaks e que nada era publicado no Football Leaks sem o seu conhecimento.
Quanto ao Mercado de Benfica, a juíza notou que Rui Pinto tinha informações que só poderiam ser obtidas pelo administrador do site. Segundo ela, “O Blog Mercado do Benfica surgiu para agitar as águas, tal como o Football Leaks, mas não parece credível que tenha sido levado a cabo por um grupo de pessoas”, pois as publicações foram interrompidas após sua detenção. A juíza desconsiderou as alegações de Rui Pinto de que teve “várias discussões com o autor do Mercado de Benfica” e que considerou a divulgação dos emails do Benfica “inaceitável”.
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