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Uma matemática especialista em epidemiologia na Escola Superior de Medicina Tropical de Liverpool, Gabriela Gomes, trouxe óptimas notícias mas, juntamente, com algumas cautelas e avisos. Apesar de serem notícias boas, não é sinónimo de baixar os braços e deixar-se relaxar. De acordo com a mesma, as medidas de contenção estão a funcionar e, segundo o modelo matemático, já passamos o pico da infecção.
“Os meus modelos matemáticos não mostram, não consigo em cenário nenhum, ver um pico em Maio. Acho que nós já passámos o pico.” Gabriela Gomes ainda revela que gostaria de ter informação sobre os modelos que a Direcção Geral de Saúde está a utilizar, mas ainda não obteve acesso a essa informação. “Talvez estejam a falar no pico de mortalidade, que acontece mais tarde do que o pico da infecção. Eu estou a fazer modelos para a dinâmica da infecção, que é o que é interessante para a matemática”, explicou a matemática especialista.
No modelo de Gabriela Gomes há três curvas desenhadas. Uma que prevê o aumento de casos diários, outra que prevê o estado de mitigação (em que o contacto entre as pessoas seriam reduzidos a 40%) e a outra que reflecte o cenário de supressão (menos de 75% de contactos entre as pessoas).
É nesta terceira fase que, Gabriela Gomes, considera que Portugal está. “Quando falamos de uma estratégia de mitigação, o pico vai para a frente. Quando falamos numa estratégia de supressão, o pico vai para trás. Estou muito satisfeita, porque parece que Portugal está a ir por uma estratégia de supressão. Se a decisão fosse minha, essa seria a minha escolha. Porque na situação de mitigação, apesar de ficarmos com mais população imune, os custos são muito altos”, explica.
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